Prova das Moedas 33 .: Primeiro Acampamento DeMolay :.

terça-feira, 22 de janeiro de 2008

Prova das Moedas 33 .: Primeiro Acampamento DeMolay :.

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PRECE .: PRIMEIRO ACAMPAMENTO DEMOLAY :.

“Senhor, Pai Celestial, livra-nos de todos os perigos visíveis e invisíveis, assim como das armadilhas do destino, que nós possamos lhe servir neste fio de tempo” (LB).

Tio Frank Shermann Land — Fundador da Ordem DeMolay, disse certa vez:

“Os primeiros anos são a base sob a qual a vida é construída. Se ideais consistentes são parte da juventude, então a maturidade radiará ideais consistentes; tentativas saudáveis e atividades válidas”.

Atividades válidas... Estamos aqui reunidos, às luzes das Sete Virtudes, para trabalharmos, como bem o disse o Tio Frank, as “atividades válidas”, nesse que é o Primeiro Acampamento DeMolay no Estado de São Paulo. Neste sentido, não nos esqueçamos que se não fomos, devíamos ter sido solidários aqui uns com os outros, ainda que as atividades exigissem alguma competição, como gritos de guerra: “Vamos deixar irmãos no chão!” No entanto, é sabido que o sucesso seja qual for a frente de batalha, mesmo dentro de uma competição saudável como a nossa, reside na lucidez e no esforço constante...
Lucidez em compreender que o objetivo aqui é antes de tudo a fraternidade; esforço constante, pois cada um a sua maneira, no diálogo aberto com o irmão, frequentemente termina por melhorar a si próprio no momento em que conquista um novo amigo.
A humilhação de quem quer que seja é, aos olhos mais afortunados, uma abominação. Porque, se o importante é vencer, pois que vença! Mas não a qualquer custo, ou à custa dos mais fracos.

Lembrem-se: caminhem sempre com a verdade, a diplomacia e a generosidade.

Sejamos corteses, companheiros, fiéis e sinceros uns com os outros. Porque assim vocês agradarão ao Pai Celestial, a seus pais, assim como ao País. Posto que, não há baluartes maiores para um DeMolay do que: Deus, o Lar e o seu País.
Aqui, entre irmãos, procuremos todos no decurso das atividades exercer a humildade, sem com isso tenhamos que nos tornar serviçais; cada qual assumiu e assumirá responsabilidades sobre si, sobre seus pertences e sobre o próximo. Que o nosso espírito esteja doravante mais predisposto a ouvir e aceitar do que falar e exigir; a dar e receber, assim como a trocar e doar.
O intuito deste acampamento, eu diria, é o de ampliar as nossas experiências; verificar nossas capacidades; compreender toda extensão de nossas forças, daquilo que podemos realizar. Porque a se falar de tesouros, de algo que não pode ser comprado, devemos falar da dádiva que é a oportunidade de se conhecer a si próprio.
Acredito que no decorrer das provas até aqui vivenciadas, muitas perguntas, questionamentos interiores vieram à tona, tais como:
- será que somos capazes de deixar os nossos entes queridos, sua proteção e carinho para embarcarmos numa aventura com outros rostos semelhantes ao meu?
- será que conseguiremos manter a calma e a tranqüilidade frente ao que desconhecemos? Como serão as provas propostas pela organização?
- seremos capazes de manter um espírito de equipe, a ponto de tomarmos decisões importantes de comum acordo, para que a convivência nesses dois dias se dê da melhor forma possível?
- seremos capazes de dialogar com o nosso corpo, com nossa mente, com o todo a nossa volta, mas principalmente, com o imprevisto?
Muitas desta questões foram e ainda serão respondidas aqui, neste acampamento. Tais respostas mostrarão a vocês, quem realmente são e o que devem melhorar. Tal conhecimento iluminará o espírito de vocês. E não se iludam, todas as experiências conseguidas aqui nunca mais os abandonarão.

E porque somos gratos a Ele, ao Pai Celestial, por nossas presenças aqui, gostaria que todos vocês, neste momento, colocassem a mão direita sobre o ombro do colega ao lado...
Agora iremos alimentar o nosso fogo interior, deixar que nossa alegria pela vida queime...
Incontáveis são as chamas que alimentam a nossa alma.
Elevemos nossos pensamentos àquele irmão que por algum motivo não pôde estar presente aqui conosco.
Elevemos agora nossos sentimentos àquelas pessoas cujas chamas, apesar da ausência física, ainda queimam dentro de nós...
Ausências que o coração e a carne sentem...
Saudade do pai...
Saudade da mãe...
De um irmão ou irmã...
Do avô, da avó... Ou quem sabe até de um amigo que ainda muito jovem já tenha partido para o plano superior. Pessoas inestimáveis que o Pai Celestial reclamou para si a companhia.

Lembrem-se: o que aprendemos hoje é o que nos torna aptos a fazer as escolhas de amanhã. E tais escolhas só poderão ser mantidas e sustentadas a partir do conhecimento que construímos hoje.

Tudo tem um motivo...mesmo nossa presença aqui. Pois, não há uma folha que caia, desprendida de um galho, sem que haja o consentimento do Pai Celestial.

Que assim seja...

Tio Luciano Borges
Gestor do Projeto Reverência
Pelas Coisas Sagradas